A ikea lançou uma coleção com a própria logomarca

A ideia da Ikea de transformar o logo da marca em item de consumo pra fãs pode ser ótima pra algumas empresas. Mas ali, no meio da loja, tudo parecia só mais um produto na prateleira.
Eu sempre gosto de estratégias que transformam algo simples em uma ação de marca. Nem sempre é sobre gerar desejo e vender muito. Às vezes, é só sobre dizer quem você é — de forma clara e consistente.
E tem marcas por aí fazendo isso de forma extremamente criativa.
IKEA e sua coleção com a própria logomarca: amor próprio ou estratégia?
Em uma visita casual à loja da IKEA, topei com uma almofada estampada com o logo da marca. Não havia destaque, sinalização ou display especial. Apenas um produto aparentemente comum, em meio a tantos outros. Mas alguma coisa naquela escolha me fez parar.
Decidi investigar. Fui até o e-commerce da IKEA e descobri que não era só uma almofada: era uma coleção inteira, com camisetas, bonés, bolsas, guarda-chuvas e até baldes. Todos com o logo da própria marca em destaque.
A estratégia parece simples: transformar o logotipo em produto. Mas por trás disso, existe uma reflexão mais profunda sobre branding.
Branding como uniforme (literalmente)
Nas fotos da campanha, funcionários e criativos da IKEA aparecem vestindo as peças como parte do dia a dia. A coleção vira uniforme, vira statement, vira cultura. Quando o time veste a marca, ela sai do papel e vai pra rua.
É uma forma de tornar a marca visível de dentro pra fora, gerando conversa sem depender de grandes campanhas.
De item comum a produto "de fã"
Apesar da proposta visual forte, os itens estavam misturados ao restante dos produtos na loja. Nada indicava um lançamento especial. O que poderia ter sido um ponto de ativação mais clara, acabou sendo uma estratégia silenciosa.
Essa escolha reforça o seguinte: quando a marca é forte, não precisa de muito para gerar significado. Até uma almofada pode comunicar identidade.
E aí?
Essa coleção não virou febre, não esgotou nem causou hype (pelo menos, não que eu tenha percebido). Mas ainda assim, serve como exemplo de como a IKEA usa o próprio branding como ferramenta de conexão com quem já é fã.
E mais: mostra que storytelling também acontece no detalhe. Mesmo que você não perceba de primeira.
Quando uma marca se comunica com consistência, até o produto mais simples vira parte da história.





